terça-feira, abril 01, 2008

Um Amor de Tesouro


- Reencontro da dupla de "Como perder um Homem em 10 Dias" -



Um Amor de Tesouro (Fool's Gold, 2008) * *




Fazer a resenha de um filme como esse é complicado. Não pelo fato de analisar profundamente o enredo, as atuações e a direção do longa; longe disso. Tudo que acontecerá no filme, você, que nem sequer foi ao cinema, já sabe no que vai dar.

"Depois de oito anos juntos, um casal decide se separar. Falidos e frustrados, eles estão prestes a assinar os papéis do divórcio, quando se deparam com uma pista perdida que pode levá-los a um tesouro escondido". Essa é a sinopse oficial do novo filme de Matthew McConaughey e Katie Hudson, a mesma dupla do romance, "Como Perder um Homem em 10 Dias". A química entre o casal, é a mesma (e boa) do filme de 5 anos atrás. O carisma de McConaughey e a beleza de Hudson, transforma a aventura numa sessão da tarde tranquila de se assistir.

A empreitada do protagonista em conseguir o tesouro citado no título, nortei toda a trama do filme, que tem como pano de fundo o romance da conhecida dupla. Cenários belíssimos, corpos exuberantes e aventura despretensiosa é o que espera por você nesse filme.
Está afim de assitir um filme leve, de romance, e uma aventura bem bobinha para rir num domingo a tarde? "Um Amor de Tesouro" pode ser a pedida. Não vá esperando um grande filme.

Jumper


- Outro potencial disperdiçado -




Jumper (Jumper, 2008) * * *




Recentemente Hayden Christensen fez um filme que tinha uma grande premissa. "Awake - A Vida Por Um Fio" tinha tudo para ser um grande filme de suspense, e não foi nem perto disso. Parece que o ator escolheu outro projeto com essa característica. "Jumper" também tinha todos os artifícios para se tornar um dos melhores filmes de ação/ficção do ano, mas não é.

O filme conta a história de David Rice (Christensen), um sujeito capaz de se teletransportar. Usando esse poder, David arromba bancos, viaja para diversos lugares e tem uma vida dos sonhos. Porém, o que ele não sabe é que todas as pessoas que têm esse poder, são caçadas pelos Paladinos.

Descrita dessa maneira, o filme parece ser uma guerra entre, Jumpers e Paladinos, o que não deixa de ser uma das tramas do filme. Mas nenhuma delas é resolvida completamente, muitas arestas do roteiro não são aparadas. Propositalmente para a realização de uma continuação? Sim, 2011 já a teremos. Mas a verdade é que o filme se torna incompleto. Mesmo com uma direção frenética de Doug Liman (Identidade Bourne, Sr e Sra Smith), o filme peca no roteiro.

Outro fato irregular no filme é o nível das atuações. Rachel Bilson (a Summer de The O.C.) é tão sem graça e sem expressão que chega a incomodar. Hayden Christensen é simplismente o mesmo em todos os filmes em que atua. O destque fica para o outro Jumper, Griffin, interpretado por Jamie Bell (Billie Eliot). De uma força impressionante a presença do garoto nas telas. Samuel L. Jackson atua com a competência de sempre, na pele do vilão (ou seria herói?) Roland.

As sequências de ação são muito boas, e extremamente bem dirigidas. A rapidez nos cortes e na composições das cenas, faz com que o ritmo das lutas nunca caia. Como um filme de ação irá agradar a muitos. Como ficção a pouquíssimos. Então vá descompromissado ao cinema, curta as cenas de ação e a atuação de Jamie Bell, assim com certeza o filme valerá a pena.

Tomara que em 2011 o série possa nos inteirar dos diversos assuntos mal explicados e as situações mal resolvidas que aconteceram nesse primeiro filme.

quarta-feira, março 12, 2008

St'Art News

  • Trailer de Hulk 2 está na rede


"O Incrível Hulk" é o título do segundo filme protagonizado pelo verdão aí em cima. Várias modificações foram feitas em relação ao último filme; não podemos nem sequer chamar isso de uma sequência. O elenco é encabeçado pelo astro Edward Norton, que também é responsável pelo roteiro. Uma das exigências de Norton para participar do projeto, era que o roteiro tivesse alterações da maneira que ele queria; assim uma boa parte do que veremos nas telas veio da cabeça dele. Outros nomes famosos como Liv Tyler e Tim Roth também estão presentes no filme. Clicando em qualquer uma das duas fotos aqui postadas você poderá conferir o trailer que acaba de ser divulgado. Na barra à direita do blog também está disponível o link, na seção "Trailers".
Podemos ver agora como o Hulk e o Abominável irão ser no filme. Como não gostei nada do primeiro filme, achei a imagem do Hulk mais interessante dessa vez. Dia 14 de junho já poderemos conferir o filme nos cinemas. A direção ficou a cargo de Louis Leterrier (Cão de Briga e Carga Explosiva).





  • Último filme de Harry Potter será dividido em duas partes



O que muitos suspeitavam realmente aconteceu. O sétimo e último livro da série Harry Potter terá sua adaptação cinematográfica dividida em duas partes; e até os títulos já foram decididos: "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1" e "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2". A direção também parece que vai ficar a cargo de David Yates, responsável pelos quinto e sexto filmes. Sinceramente, fiquei até aliviado com essa notícia. A quantidade de assuntos e surpresas que temos no último livro é imensa! Teriam que cortar muita coisa para mesclarem num filme de duas horas. Falta agora decidir qual será o ponto no roteiro em que os filmes irão se separar. As estréias estão previstas para 2010 e 2011. Enquanto não chega o ano de 2010, aguardemos até o fim desse ano e poderemos assitir à "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" no dia 21 de novembro.

segunda-feira, março 10, 2008

O Sobrevivente

- Lutando contra a selva -





O Sobrevivente (Rescue Dawn, 2007) * * *



Werner Herzog é um diretor que faz um estilo diferente de cinema. Quando assisto à seus filmes, é nítida a mistura de técnicas documentais e técnicas ditas "cinematográficas". Em seu mais novo filme, "O Sobrevivente" o diretor mostra ainda mais essa sua antiga faceta. Contando com uma atuação impressionante (pra variar) de Christian Bale, Herzog monta uma luta pela sobrevivência na selva, mas esquece do aspecto principal daquele país onde está situado o protagonista: a guerra. Muitos vão dizer que esse não é o objetivo do filme, e sim mostrar o desespero, força de vontade e o colapso em que o personagem de Bale entra, mas mesmo assim, num filme que se diz de guerra (assista ao trailer), faltou um impacto a mais.
O filme conta história de Dieter Dengler, alemão que fazia parte da marinha americana. Em sua primeira missão o avião de Dieter cai e a partir daí, ele tenta escapar dos nativos e depois, fugir do seu cativeiro. Essa história já tinha sido contada por Herzog num documentáro chamado "Little Dieter Needs To Fly". Nessa versão, Dieter é interpretado por um inspirado Christhian Bale. Adepto de papéis que exigem bastante do seu trabalho, isso fica claro durante todo o filme. Em "O Operário", Bale ficou muito, muito, muito magro; aqui isso acontece gradativamente. Assim como a sanidade do personagem. O ator passou semanas na selva, comendo insetos e caçando cobras para especializar-se por completo na alma de Dieter Dengler. Uma interpretação digna de seu imenso talento.
Não podia esquecer também do irreconhecível, Steve Zahn. Impressionante a diferença e a atuação do ator que costuma fazer sempre comédias. Méritos para ele e para o diretor, que conseguiu extrair tal interpretação dele e de todo o elenco ("Jeremy Davies" também é destque na pele de Eugene).




Numa narrativa lenta e bastante carregada, Herzog mostra os seus "takes" sempre focalizando a natureza, e também estão presentes as cenas bem curtas. Digo isso por que vi dois filmes dele, "Homem Urso" e "O Enigma de Kaspar Hausser", onde os mesmos tipos de "takes" e cenas estão presentes. Assim como a preferência por mostrar os limites humanos, a relação dele com a natureza e da natureza com ele. Para quem gosta de analisar o comportamento humano é um diretor obrigatório, para quem gosta de guerra e ação, é dispensável; opte por um Spielberg ou Oliver Stone.

segunda-feira, março 03, 2008

Juno

- Talento e irreverência -


Juno (Juno, 2007) * * * * ST'ART RECOMENDA



O filme independente do ano era o queridinho dos críticos para o Oscar; tem um orçamento relativamente baixo, possui um ótimo roteiro e principalmente, uma ótima protagonista. Tudo que "Peuqnea Miss Sunshine" teve ano passado. Até o desempenho no no Oscar foi semelhante. A não ser pela premiação de Diablo Cody (roteiro original) na Academia, "Juno" não faturou mais nenhum prêmio ("Miss Sunshine" levou Melhor Ator Coadjuvante também com Alan Arkin). Mesmo assim suas indicações foram mais do que merecidas, principalmente de sua atriz principal . É impossível não simpatizar com a talentosíssima Ellen Page ou rir com as situações ocorridas durante todo o filme. Uma pena ela ter concorrido logo no mesmo ano em que Marion Coitllard fez um trabalho também fantástico em "Piaf -Um Hino de Amor".

O enredo é super simples: uma adolescente engravida e decide ceder seu filho a adoção. Com essa decisão, Juno passa a conviver com a família escolhida para ficar com o bebê e enfrente os problemas que qualquer adolescente teria ao estar grávida em pleno "high school". Se o enredo é super simples, o mesmo não se pode dizer da interpretação da protagonista. É um deleite para os olhos a performance de Ellen Page. Quando assisti à "MeninaMá.com" (a tradução do título original -Hard Candy- é horrorosa, mas não tenha receio e alugue esse filme) fiquei impressionado com aquela garota em cena. "Quanta maldade, quanta frieza, que atriz é essa cara?", pensei comigo mesmo. Logo a reconheci de X-Men 3, onde fez Kitty Pryde. Page completou 21 anos esses dias, e já tem pelo menos dois papéis para ficarem guardados na memória de qualquer um que assitir aos filmes. "Juno" e "MeninaMá.com" são as performances, não deixe de conferi-las.


A grande atuação da protagonista (acompanhada por todo elenco) não seria possível se não fossem os ótimos diálogos feitos por Diablo Cody. A ex-stripper fala a língua da galera jovem dos EUA, usa referências inusitadas e com isso traz irreverência pouco vista atualmente. A sinceridade de alguns personagens, principalmente de Bleeker e a amiga de Juno, é de encantar a qualquer um. A paixão de Bleeker por Juno está escrita nos olhos dele, assim como o humor da amiga dela é visto a cada cena que ela aparece. Toda e qualquer situação ela tem uma colocação engraçada a ser feita.

Se não fosse pela direção segura de Jason Reitman (do ótimo, "Obrigado Por Fumar"), obviamente nada disso aconteceria de maneira tão boa. A trilha sonora é outro aspecto que impressiona, optando por baladas que acompanham o ritmo do filme. Mas realmente a força do filme são seus personagens, e principalmente sua protagonista; logo o filme só poderia ser muito bom. Ellen Page tem tudo para ser uma das maiores atrizes de sua geração, talento e beleza não faltam. Assita a "Juno" e talvez possa compartilhar comigo essa opinão.