quarta-feira, março 12, 2008

St'Art News

  • Trailer de Hulk 2 está na rede


"O Incrível Hulk" é o título do segundo filme protagonizado pelo verdão aí em cima. Várias modificações foram feitas em relação ao último filme; não podemos nem sequer chamar isso de uma sequência. O elenco é encabeçado pelo astro Edward Norton, que também é responsável pelo roteiro. Uma das exigências de Norton para participar do projeto, era que o roteiro tivesse alterações da maneira que ele queria; assim uma boa parte do que veremos nas telas veio da cabeça dele. Outros nomes famosos como Liv Tyler e Tim Roth também estão presentes no filme. Clicando em qualquer uma das duas fotos aqui postadas você poderá conferir o trailer que acaba de ser divulgado. Na barra à direita do blog também está disponível o link, na seção "Trailers".
Podemos ver agora como o Hulk e o Abominável irão ser no filme. Como não gostei nada do primeiro filme, achei a imagem do Hulk mais interessante dessa vez. Dia 14 de junho já poderemos conferir o filme nos cinemas. A direção ficou a cargo de Louis Leterrier (Cão de Briga e Carga Explosiva).





  • Último filme de Harry Potter será dividido em duas partes



O que muitos suspeitavam realmente aconteceu. O sétimo e último livro da série Harry Potter terá sua adaptação cinematográfica dividida em duas partes; e até os títulos já foram decididos: "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1" e "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2". A direção também parece que vai ficar a cargo de David Yates, responsável pelos quinto e sexto filmes. Sinceramente, fiquei até aliviado com essa notícia. A quantidade de assuntos e surpresas que temos no último livro é imensa! Teriam que cortar muita coisa para mesclarem num filme de duas horas. Falta agora decidir qual será o ponto no roteiro em que os filmes irão se separar. As estréias estão previstas para 2010 e 2011. Enquanto não chega o ano de 2010, aguardemos até o fim desse ano e poderemos assitir à "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" no dia 21 de novembro.

segunda-feira, março 10, 2008

O Sobrevivente

- Lutando contra a selva -





O Sobrevivente (Rescue Dawn, 2007) * * *



Werner Herzog é um diretor que faz um estilo diferente de cinema. Quando assisto à seus filmes, é nítida a mistura de técnicas documentais e técnicas ditas "cinematográficas". Em seu mais novo filme, "O Sobrevivente" o diretor mostra ainda mais essa sua antiga faceta. Contando com uma atuação impressionante (pra variar) de Christian Bale, Herzog monta uma luta pela sobrevivência na selva, mas esquece do aspecto principal daquele país onde está situado o protagonista: a guerra. Muitos vão dizer que esse não é o objetivo do filme, e sim mostrar o desespero, força de vontade e o colapso em que o personagem de Bale entra, mas mesmo assim, num filme que se diz de guerra (assista ao trailer), faltou um impacto a mais.
O filme conta história de Dieter Dengler, alemão que fazia parte da marinha americana. Em sua primeira missão o avião de Dieter cai e a partir daí, ele tenta escapar dos nativos e depois, fugir do seu cativeiro. Essa história já tinha sido contada por Herzog num documentáro chamado "Little Dieter Needs To Fly". Nessa versão, Dieter é interpretado por um inspirado Christhian Bale. Adepto de papéis que exigem bastante do seu trabalho, isso fica claro durante todo o filme. Em "O Operário", Bale ficou muito, muito, muito magro; aqui isso acontece gradativamente. Assim como a sanidade do personagem. O ator passou semanas na selva, comendo insetos e caçando cobras para especializar-se por completo na alma de Dieter Dengler. Uma interpretação digna de seu imenso talento.
Não podia esquecer também do irreconhecível, Steve Zahn. Impressionante a diferença e a atuação do ator que costuma fazer sempre comédias. Méritos para ele e para o diretor, que conseguiu extrair tal interpretação dele e de todo o elenco ("Jeremy Davies" também é destque na pele de Eugene).




Numa narrativa lenta e bastante carregada, Herzog mostra os seus "takes" sempre focalizando a natureza, e também estão presentes as cenas bem curtas. Digo isso por que vi dois filmes dele, "Homem Urso" e "O Enigma de Kaspar Hausser", onde os mesmos tipos de "takes" e cenas estão presentes. Assim como a preferência por mostrar os limites humanos, a relação dele com a natureza e da natureza com ele. Para quem gosta de analisar o comportamento humano é um diretor obrigatório, para quem gosta de guerra e ação, é dispensável; opte por um Spielberg ou Oliver Stone.

segunda-feira, março 03, 2008

Juno

- Talento e irreverência -


Juno (Juno, 2007) * * * * ST'ART RECOMENDA



O filme independente do ano era o queridinho dos críticos para o Oscar; tem um orçamento relativamente baixo, possui um ótimo roteiro e principalmente, uma ótima protagonista. Tudo que "Peuqnea Miss Sunshine" teve ano passado. Até o desempenho no no Oscar foi semelhante. A não ser pela premiação de Diablo Cody (roteiro original) na Academia, "Juno" não faturou mais nenhum prêmio ("Miss Sunshine" levou Melhor Ator Coadjuvante também com Alan Arkin). Mesmo assim suas indicações foram mais do que merecidas, principalmente de sua atriz principal . É impossível não simpatizar com a talentosíssima Ellen Page ou rir com as situações ocorridas durante todo o filme. Uma pena ela ter concorrido logo no mesmo ano em que Marion Coitllard fez um trabalho também fantástico em "Piaf -Um Hino de Amor".

O enredo é super simples: uma adolescente engravida e decide ceder seu filho a adoção. Com essa decisão, Juno passa a conviver com a família escolhida para ficar com o bebê e enfrente os problemas que qualquer adolescente teria ao estar grávida em pleno "high school". Se o enredo é super simples, o mesmo não se pode dizer da interpretação da protagonista. É um deleite para os olhos a performance de Ellen Page. Quando assisti à "MeninaMá.com" (a tradução do título original -Hard Candy- é horrorosa, mas não tenha receio e alugue esse filme) fiquei impressionado com aquela garota em cena. "Quanta maldade, quanta frieza, que atriz é essa cara?", pensei comigo mesmo. Logo a reconheci de X-Men 3, onde fez Kitty Pryde. Page completou 21 anos esses dias, e já tem pelo menos dois papéis para ficarem guardados na memória de qualquer um que assitir aos filmes. "Juno" e "MeninaMá.com" são as performances, não deixe de conferi-las.


A grande atuação da protagonista (acompanhada por todo elenco) não seria possível se não fossem os ótimos diálogos feitos por Diablo Cody. A ex-stripper fala a língua da galera jovem dos EUA, usa referências inusitadas e com isso traz irreverência pouco vista atualmente. A sinceridade de alguns personagens, principalmente de Bleeker e a amiga de Juno, é de encantar a qualquer um. A paixão de Bleeker por Juno está escrita nos olhos dele, assim como o humor da amiga dela é visto a cada cena que ela aparece. Toda e qualquer situação ela tem uma colocação engraçada a ser feita.

Se não fosse pela direção segura de Jason Reitman (do ótimo, "Obrigado Por Fumar"), obviamente nada disso aconteceria de maneira tão boa. A trilha sonora é outro aspecto que impressiona, optando por baladas que acompanham o ritmo do filme. Mas realmente a força do filme são seus personagens, e principalmente sua protagonista; logo o filme só poderia ser muito bom. Ellen Page tem tudo para ser uma das maiores atrizes de sua geração, talento e beleza não faltam. Assita a "Juno" e talvez possa compartilhar comigo essa opinão.

sábado, março 01, 2008

St'Art News

Na edição da revista Época dessa semana saiu uma entrevista com o astro Harrison Ford.
Falou bastante sobre o novo filme e o porquê da demora para o lançamento e acabamento do roteiro.
Comentando sobre vários outros assuntos a entrevista mostra que Indiana voltou com tudo e não deve parar por aí, confira algumas partes da entrevista!

O filme estréia dia 22 de maio mundialmente e fará a abertura do festival de Cannes.





ÉPOCA – Há alguma complicação para a volta de um personagem e de um filme de ação como esse 20 anos depois, além, óbvio, da passagem do tempo?

Harrison Ford – Hoje, o Indiana Jones tem um conhecimento, uma visão diferente das coisas. Ele é um personagem que sempre pode ser mais explorado, tem ótimos relacionamentos e sempre algo novo para mostrar. É ótimo representar de novo o personagem, em um filme para a nova geração. Quando terminei de me vestir, toda essa experiência e perspectiva voltaram. Pus o chapéu e Indiana voltou. E ainda bem que a roupa original ainda me serviu. Consegui manter a mesma forma por 20 anos, o que é uma façanha. Foram 80 dias de filmagem com um só de folga. Mas tudo correu bem.








ÉPOCA – As filmagens podem ter levado menos de três meses, mas o roteiro virou novela e parecia que nunca ficaria pronto...

Ford – Na verdade, tínhamos pensado no projeto há cerca de 12 anos. Mas não deu certo. Demorou certo tempo para que eu, George Lucas e Steven Spielberg encontrássemos um jeito de juntar todos, de forma que o projeto fosse interessante para todo mundo, que o roteiro valesse a pena. E tinha de ser um grande filme, porque a expectativa em torno dele é muito grande.







ÉPOCA – Por que tanto zelo e preocupação, já que o personagem é querido e tem gerações de adoradores?

Ford – É exatamente por ele ser especial para mim e para o público. São os espectadores que chancelam meu trabalho com seu dinheiro nas bilheterias. A história tem de ser boa, e quem a conta também. Caso contrário, o público escolhe outro contador. É simples assim. Não posso ser aquele tipo de ator que coloca um nariz de borracha ou maquiagem pesada para parecer outra pessoa. Acredito que meu público goste de me ver – jovem ou um pouquinho mais velho –, e tenho de atender a esse tipo de demanda. Por isso, fiz todas as cenas de ação. E o filme precisa valer a pena, pois seria um desrespeito filmar uma história qualquer só por dinheiro.







ÉPOCA – Aos 65 anos, você ainda interpreta heróis de ação. Como consegue isso? A idade não atrapalha?

Ford – Acho que é o que me mantém saudável e ativo. Eu gosto muito de fazer isso. Não malhar pesado, só quando tenho de fazer um personagem que me exija isso. Aí, faço bastante exercício, mas por um tempo. Para mim, é mais uma questão de manter tudo em cima, fazer com que o corpo siga trabalhando. Normalmente, vou à academia três vezes por semana e fico lá por 40 minutos. Gosto de jogar tênis também. Coisa leve.
"Ser herói não faz sentido. Interpreto personagens e pessoas que, às vezes, precisam praticar atos de heroísmo"
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ÉPOCA – O personagem Indiana Jones, às vezes, é politicamente incorreto. Ele leva alguns objetos históricos dos países por onde passa. O que você acha disso?

Ford – É verdade, eventualmente ele rouba algumas relíquias. Mas, antes de tudo, ele é um arqueólogo. Sua intenção inicial é estudar os objetos, e não roubá-los. Ele se interessa por aprender, é fascinado pelo mistério dessas coisas. Ele não usa as pessoas, não abusa dos lugares por onde passa. Mas, enfim, ele não é perfeito, erra de vez em quando. É o que o torna interessante.





ÉPOCA – E o professor de arqueologia tem planos de se aposentar?

Ford – Esse assunto nunca foi mencionado. Ainda há muito o que ser explorado com Indiana Jones (risos)!





ÉPOCA – Sua imagem é associada a heróis: Indiana, Han Solo (Guerra nas Estrelas), Jack Ryan (o agente da CIA de Jogos Patrióticos)... Você gosta do conceito de herói?

Ford – Tenho orgulho de Indiana Jones. Han Solo foi importante, embora não deseje voltar a ele, pois ele era meio bobo. E Jack Ryan eu também voltaria a fazer, tem muito a ser explorado. Porém, ser herói não faz sentido. Ninguém assina contrato para viver um “herói”. Vivemos personagens e pessoas que, às vezes, precisam praticar atos de heroísmo. Mas é pretensioso considerar-se um herói. Um dia, alguém decidiu que precisávamos de heróis no cinema e, a partir daí, todo filme ganhou um. Mas muita gente se esquece de que herói mesmo é um bombeiro que se arrisca por uma criança.




ÉPOCA – As pessoas deixaram de ir ao cinema para ver um ator em especial?

Ford – A década de 80 foi um dos períodos mais saudáveis para os filmes. Não existia DVD, o VHS estava começando e as pessoas iam ao cinema, pois era o único jeito. Hoje, criaram-se vários públicos. Há quem goste de ficar em casa, há quem continue seguindo atores e há aquele pessoal, especialmente jovens, que gosta de sair e aproveitar o bom e velho escurinho do cinema. Assim, os jovens se tornaram os espectadores mais consistentes.






ÉPOCA – Quanto a ser astro, houve mudança nestes 20 anos?

Ford – Os jovens têm afinidade com os atores da idade deles, pois querem ver a história deles mesmos. Não faria sentido me ver fazendo de conta ter 30 anos. O público precisa de caras da minha idade.







ÉPOCA – Acredita em uma chance de mudança nos EUA neste momento de eleições?


Ford – Claro. É necessário reinventar nossa economia, criar mais empregos para os jovens e voltar a prosperar. Precisamos de mudança, de disciplina focada, e parar de fazer um monte de coisas que estamos fazendo, como desperdiçar dinheiro em áreas erradas. O país estabeleceu objetivos altos, embora não cheguemos muito perto deles. Mas perdemos nosso ideal ao longo dos anos. É como se ele tivesse se desgastado, assim como os rostos no Monte Rushmore (a montanha onde foram esculpidos os rostos de quatro presidentes americanos). Este país sempre funcionou bem sob uma “liderança messiânica”, que recobra os ideais. Agora, temos este jovem líder, poderoso e idealista, Barack Obama, se erguendo. Ele pode dar um novo coração a este país e operar a mudança de que precisamos, e rápido.

Fonte: Revista Época