sábado, fevereiro 10, 2007

Déjà Vu




- E Tony Scott fez um bom trabalho... -








Dèjá Vu (Dèjá Vu, 2006) * * *







Ao assitir o trailer de Dèjá Vu fui tomado por uma série de expectativas. A presença de tantos nomes famosos na equipe , me fez esperar um grande filme. Jerry Bruckheimer, Denzel Washington(Chamas da Vingança), Val Kilmer(Spartan) e James Caviezel(Paixão de Cristo) foram alguns dos grandes nomes que chamaram minha atenção; de uma forma positiva. E por fim veio o nome do diretor: Tony Scott. Alguns projetos desse diretor agradaram de certa forma, mas nunca foi unanimidade. O seu último e péssimo filme, Domino- Caçadora de Recompensas, foi o que me fez temer pela qualidade de Dèjá Vu. Mas me enganei, ainda bem.





"Chamado para recuperar provas após a explosão cataclísmica de uma bomba em uma balsa de Nova Orleans, o Agente Carlin está prestes a descobrir que aquilo que a maioria das pessoas acredita que esteja só na mente delas é, na verdade, algo bem mais poderoso - e isso o levará em uma corrida de manipulação da mente para salvar centenas de pessoas inocentes". A partir daí podem-se imaginar várias possobilidades para a trama, mas a que acontece é a seguinte: um orgão espião do governo dos EUA, tem um aparelho capaz de detectar o que aconteceu até 4 dias antes de qualquer acontecimento, em qualquer lugar do planeta. Se você já assistiu ao excelente Minority Report, identificará algumas semelhanças com relação ao uso do aparelho (tendo a diferença que um é usado para o passado e outro para o futuro). Todo o funcionamento do aparelho é explicado detalhadamente durante a projeção, algo que em alguns momentos torna o filme enfadonho. Porém com uma explicação mais próxima da realidade possível, o filme nos faz acreditar que aquilo é possível. E além de um filme sci-fi, Dèjá Vu é também um filme de ação. Perseguições(uma fantástica na ponte), explosões, tiros e muita investigação também estão presentes. As atuações são todas regulares e nenhuma chega a comprometer (apesar de que já estou enjoando da cara de Denzel Washington como policial). E para minha grande supresa, a boa direção de Tony Scott é o ponto alto do filme. Uma montagem rápida, porém na medida(nos filmes anteriores sempre havia um exagero ou outro), Scott consegue imprimir um bom ritmo e envolver o espectador durante toda a sessão.


Com um assunto interessante(viagem no tempo) e uma boa realização, o filme agradará a maioria dos espectadores. Mas agradará mais ainda aqueles que tiverem paciência e apreço pelas leis da física que são muito citadas no decorrer do filme.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

À Procura da Felicidade



Num é esse balaio de gato todo, mas é bom sim.








À Procura da Felicidade (The Persuit for Happyness, 2006) * * *






Tem uns filmes que de tanto falarem a gente pensa que vai ser o melhor filme do ano. Isso acontece com "À Procura da Felicidade". Sim, Will Smith está bem no papel(para o Oscar? Não) ; mas ele já fez melhores trabalhos ("Ali", esse sim para Oscar). O filho de Smith dá um show no longa e mostra que já aos 7 anos esbanja talento. Enfim, vamos à estória: Chris Gardner é um homem que vive sempre nos perrengues. Apesar de inteligente e prestativo o cara não consegue se dar bem na vida. Investe num aparelho que parec que daria muito lucro, mas não dá nada certo. Essa vida ele leva junto com sua mulher Linda (Thandie Newton, o único personagem mal interpretado do filme, muito exagerada) e seu filho Christopher.

O filme é muito bem conduzido, boa trilha sonora e sem diálogos chatos. Tudo na medida para emocionar o espectador. Will Smith cumpre muito bem o seu papel. Sem ser melodramático ou exagerado, ele acha o limite certo para encarnar Chris Gardner; mais uma prova de que ele não é somente um ator de comédia. A surpresa fica por conta do estreante Jaden Christopher Syre Smith, filho de Will e Jada Pinked Smith, Jaden se comporta muito bem no seu papel. Uma criança esperta mas que num chega a ser um "crânio", como costuma acontecer em filmes desse porte. é um filme simples e que agrada, dificilmente você saíra do cinema decepcionado, ainda mais depois da emocionante última cena de Will no escritório. Não espere nada de extraordinário, assim saíra mais feliz ainda.


Rocky Balboa

- A volta por cima de Stallone, ou melhor de Rocky; aliás, tanto faz! -




Rocky Balboa (Rocky IV, 2006) * * * * ST'ART RECOMENDA




Quem nunca escutou a música tema do clássico "Rocky, Um Lutador"? Como não se empolgar com Balboa treinando pelas ruas da Filadélfia? Impossível. Em 1976 nascia um dos maiores símbolos de Hollywood, Rocky Balboa. Interpretado perfeitamente pelo ainda desconhecido Sylvester Stallone, o boxeador conquistou o coração de milhares de pessoa com seu jeito peculiar e apaixonado que mostrava na tela. E depois de 31 anos o personagem volta as telas, para o que parece ser sua última empreitada no cinema, com o sexto filme, Rocky Balboa. A desconfiança que envolvia esse projeto era enorme. Pelos altos e baixos(muitos baixos) que a carreira que Stallone passava e o fato de pertencer a ele a direção do filme. Se não fosse tão esperado, receoso e conhecido o filme não seria tão bom.


"Aposentado e solitário, Rocky Balboa decide voltar aos ringues para disputar lutas menores na Filadélfia. Mas quando ele é desafiado pelo atual campeão mundial peso-pesado, seu retorno chama a atenção da mídia." Essa é uma breve sinopse do que você vai encontrar quando for assitir ao filme. Mas não se resume somente a isso o novo filme de Stallone. Os conflitos internos(leia-se Adrien e o próprio Rocky) e externos(leia-se Rocky Jr.) são as bases para a volta por cima do lutador. Muito mais lento e denso do que os outros filmes da série, Rocky Balboa nos paresenta um lutador muito mais amargurado e que não vive em plena alegria como vivia quando estava com Adrien ou com seu filho. A distância do ringue o deixa mais cabisbaixo ainda. É aí que Stallone nos mostra o quanto é competente no seu trabalho. Sem exageros e explosivo quando necessita, o ator nos faz reviver os seus tempos gloriosos com o "Italian Stallion" e as lutas com Apollo e Drago. A simplicidade não está comente nas atuações- que por sinal são boas de todo o elenco- mas também na direção. A condução do filme se fosse um pouco mais rápida daria maior dinâmica ao longa. Cenários modestos e sempre retratando a realidade do cotidiano de Rocky e a contraposição com o glamour da vida de Mason Dixon, o campeão mundial.


Acrescente a isso uma bela dose da trilha impressionante de Bill Conti (que a modificou perfeitamente), saudosos flashbacks e a nostalgia de nos encontrarmos novamente com esse personagem lendário, Stallone nos proporciona entretenimento de primeira qualidade.