segunda-feira, janeiro 01, 2007

O Amor Não Tira Férias


- Tanta gente famosa no cartaz, mas quem rouba a cena não é nenhum deles. -


O Amor Não Tira Férias (The Holiday, 2006) * * *



É você olhar para o cartaz do filme, e saber que se trata de mais uma comédia romântica. Quase impossível disso não ocorrer. "O Amor Não Tira Férias" conta paralelamente as histórias de Íris(Kate Winslet) e Amanda(Cameron Diaz), que desiludidas no "setor amoroso" procuram novos horizontes e acabam fazendo um intercâmbio de moradia. Amanda se muda para a Inglaterra e conhece Graham(Jude Law) e Íris quando chega em L.A. se encontra com Miles(Jack Black) . O decorrer dessa história todos já sabem. Com uma metalinguagem sempre presnet em cena, pois muitos personagens trabalham no ramo do cinema, a diretora Nancy Meyers faz homenagens e referências à grandes clássicos, principalmente às trilhas sonoras. A química está presente na tela com os dois casais que protagonizam o filme, mas com o andar da carroagem vemos que a história tende falar mais sobre o par Diaz e Law. Uma pena, pois apesar de Law ser muito talentoso, o mesmo não acontece com Cameron Diaz. Jack Black com sua simpatia habitual e Kate Winslet na mesma competência de sempre, fazem uma boa dupla. Mas é Eli Wallach que rouba cena. Contracenando com Kate quase o filme todo, o senhor de idade mostra que passam-se anos e anos e o talento continua o mesmo. A longa duração do filme é um defeito incomum em filmes desse estilo, mas acontece aqui, e prejudica a projeção. Mas no fim das contas é difícil não sair pelo menos descontraído depois de uma sessão de "O Amor Não Tira Férias". Bom elenco, estória interessante e ótima trilha sonora fazem desse romance uma boa pedida para essa época de férias.

Eragon


- Pressa e inexperiência fazem de Eragon uma grande decepção nas telonas. -
Eragon (Eragon, 2006) * *
Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que o humilde
crítico que vos escreve já leu a obra de Christhopher Paolini e gosta bastante do livro.


Aos 17 anos de idade Christhopher Paolini escreveu o épico Eragon. Primeira parte de uma trilogia denominada "Trilogia da Herança"(o segundo livro acaba de ser lançado 'Eldest' ne o terceiro ainda está sendo finalizado pelo autor), o jovem parecia ser um prodígio da literatura. Desbancando grandes títulos da liderança do ranking dos mais vendidos, por exemplo Harry Potter. Vendo o sucesso que era o livro, os agentes da Fox foram rápidos e compraram os direitos para uma adaptação para o cinema. E agora, no fim de 2006 estréia o longa metragem "Eragon". A história do livro conta a trajetória do jovem que dá nome à obra, que encontra uma pedra numa floresta perto do seu vilarejo. Mais tarde descobre que aquilo não é somente uma pedra, mas sim um ovo de dragão e que ele agora carrega nas costas o fardo de decidir o destino de sua terra; pois os cavaleiros de dragões são a única esperança de livrar Alagaësia das mãos do temível Galbatorix. Sim, a história é batida e utiliza de muitos clichês adotados de histórias como, Senhor dos Anéis e Star Wars. Mas não foi a originalidade que fez de Eragon um livro famoso, e sim a forma como foi escrito, e o cuidado do autor com a composição de seus personagens. A ligação muito próxima e bonita entre Eragon e Saphira(o dragão), o misterioso Brom, o delicadíssimo e possível romance entre Eragon e Arya, a história misteriosa dos Cavaleiros de Dragão e muitas outras coisas. O fracasso do filme está situado aí. Sem qualquer preocupação com a identificação do público com o personagem título e seu dragão (ou qualquer outro personagem) o diretor, Stephen Fangmeier, perde o mairo trunfo do livro. Antigo diretor de efeitos especiais, Fangmeier mostra que realmente sabe mexer com a arte digital. A composição de Saphira é simplismente impecável e merecedora de muitos prêmios. Porém isso está longe de salvar o filme. Os atores que compõem o elenco são talentosos, até mesmo o estreante Edward Speelers, que acompanha renomados atores como, Jeremy Irons (pouco tempo em cena), Jonh Malkovic (péssimo como Galbatorix), Djimon Houson (até que se salva) e Garret Hedlund( bem como Murtagh). A inexperiência do diretor faz com que fique perceptível em cena, a pressa do filme em chegar logo na batalha final. Saphira cresce muito rápido, Eragon aprende tudo muito rápido e se contenta muito rápido. É uma pena que um livro com tanto potencial tenha sido posto nas mãos dessa equipe de produção. Pois apesar de juvenil o livro é interessante e merecia uma adaptação digna. Se conseguir se pagar e produzirem o segundo filme, esperamos que tenham aprendido com os inúmeros erros. Enquanto isso, vá ler o livro, muito mais interessante do que o filme; com certeza.

007 Cassino Royale


- THE name is Bond. James Bond. -



007 Cassino Royale (007 Cassino Royale, 2006) * * * * ST'ART RECOMENDA


Depois da imagem desgastada de Pierce Brosnan como o Agente da Coroa, chegou a hora de renovar a série do espião mais famoso de todos os tempos. Em Cassino Royale, o diretor Martin Campbell deixa de lado a pirotecnia que marcou os últimos filmes de 007 e nos apresenta um homem mais rude e corajoso, um verdadeiro agente secreto. A reformulação da série começa pela estória. Contando a primeira missão de Bond, o filme parte numa missão situada em Madagascar; proposital para a captura de um famoso terrorista, Le Chiffre. Muitas reviravoltas, sequências de ação, mortes e carros estão presentes ao longo do filme. O maior trunfo do filme é sem dúvida a escalação do protagonista. Daniel Craig encarna o personagem com uma maestria não vista desde Sean Connery. Forte, charmoso e com muita presença o ator dá um ar de imponência ao agente, que poucas vezes foi vista nas telas do cinema. As alucinantes sequências de ação (especialmente a primeira) são outro trunfo do longa, que dá uma cara nova a série. A direção competente de Martin Campbell misturada às boas atuações presentes no filme, o tornam um dos melhores filmes de ação do ano, se não o melhor. Mas o final prolongado e enfadonho, fazem o espectador sair com uma certo cansaço da sala de cinema, mas nada que atrapalhe a diversão. A última rase do filme faz o espectador ficar esperançoso por mais grandes filmes como esse; é parece que Bond voltou a velha forma.