sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Rocky Balboa

- A volta por cima de Stallone, ou melhor de Rocky; aliás, tanto faz! -




Rocky Balboa (Rocky IV, 2006) * * * * ST'ART RECOMENDA




Quem nunca escutou a música tema do clássico "Rocky, Um Lutador"? Como não se empolgar com Balboa treinando pelas ruas da Filadélfia? Impossível. Em 1976 nascia um dos maiores símbolos de Hollywood, Rocky Balboa. Interpretado perfeitamente pelo ainda desconhecido Sylvester Stallone, o boxeador conquistou o coração de milhares de pessoa com seu jeito peculiar e apaixonado que mostrava na tela. E depois de 31 anos o personagem volta as telas, para o que parece ser sua última empreitada no cinema, com o sexto filme, Rocky Balboa. A desconfiança que envolvia esse projeto era enorme. Pelos altos e baixos(muitos baixos) que a carreira que Stallone passava e o fato de pertencer a ele a direção do filme. Se não fosse tão esperado, receoso e conhecido o filme não seria tão bom.


"Aposentado e solitário, Rocky Balboa decide voltar aos ringues para disputar lutas menores na Filadélfia. Mas quando ele é desafiado pelo atual campeão mundial peso-pesado, seu retorno chama a atenção da mídia." Essa é uma breve sinopse do que você vai encontrar quando for assitir ao filme. Mas não se resume somente a isso o novo filme de Stallone. Os conflitos internos(leia-se Adrien e o próprio Rocky) e externos(leia-se Rocky Jr.) são as bases para a volta por cima do lutador. Muito mais lento e denso do que os outros filmes da série, Rocky Balboa nos paresenta um lutador muito mais amargurado e que não vive em plena alegria como vivia quando estava com Adrien ou com seu filho. A distância do ringue o deixa mais cabisbaixo ainda. É aí que Stallone nos mostra o quanto é competente no seu trabalho. Sem exageros e explosivo quando necessita, o ator nos faz reviver os seus tempos gloriosos com o "Italian Stallion" e as lutas com Apollo e Drago. A simplicidade não está comente nas atuações- que por sinal são boas de todo o elenco- mas também na direção. A condução do filme se fosse um pouco mais rápida daria maior dinâmica ao longa. Cenários modestos e sempre retratando a realidade do cotidiano de Rocky e a contraposição com o glamour da vida de Mason Dixon, o campeão mundial.


Acrescente a isso uma bela dose da trilha impressionante de Bill Conti (que a modificou perfeitamente), saudosos flashbacks e a nostalgia de nos encontrarmos novamente com esse personagem lendário, Stallone nos proporciona entretenimento de primeira qualidade.

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