sábado, julho 21, 2007

Transformers O Filme


- Um autêntico blockbuster -





Transformers (Transformers, 2007) * * * * ST' ART RECOMENDA




Muita gente vai chiar quando ver as quatro estrelas que atribuí a Transformers. Mas foram poucos os filmes que assiti esse ano em que me diverti tanto. Contando a estória de Sam Witwicky, garoto de 18 anos que quando vai comprar seu primeiro carro, descobre que o mesmo é uma robô gigante. Mais tarde, Sam acaba por conhecer toda a trama por trás do aparecimento desse robô e seus inimigos, os Decepticons. O roteiro e a história do filme é muito bem orquestrada e amarrada pelo diretor Michael Bay. Fato que surpreende, pois não sou muito fã dos filmes de Bay. Apesar de estilosos e cheios de ação, alguns deixam bastante a desejar. Além do crescimento próprio como cineasta, Bay teve uma grande ajuda na produção dessa película: Steven Spielberg. O maior nome do show bussiness cinematográfico mostra que ainda tem muita lenha para queimar como produtor.

Os robôs do filme são impressionantemente bem feitos. Em nenhum momento você duvida da existência dos Autobots ou dos Decepticons. As transformações são um pouco prejudicadas pelo movimento constante e frenético da câmera, mas nada que incomode. A interação "atores robôs" é perfeita. Tudo isso não é nada mais que a obrigação dos feitores de um filme que custou mais de 150 milhões de dólares.

Porém não é nos robôs que reside a força do filme. O "novato" Shia LaBeouf, transmite um carisma invejável e pouco visto recentemente no cinema. Versátil e talentoso, LaBeouf consegue conectar o público com a sua história e as dificuldades de um adolescente comum. Tanto nas cenas de ação quanto nas cenas de comédia ele consegue cativar-nos. A cena dentro da casa com os robôs, apesar de completamente inverossímel, é divertidíssima. Outro item que chama atenção no filme é a trilha sonora(uma cena engraçadíssima mostra isso) .

Como diz o subtítulo da matéria, é um autêntico blockbuster. Divertido e engraçado, com ação e muito, muito barulho. Compre a sua pipoca e o Guaraná e entre no cinema para curtir um filme muito legal!Vale a pena!

quinta-feira, julho 19, 2007

Shrek Terceiro


- Não tem mais a mesma força, mas continua uma boa diversão -



Shrek Terceiro (Shrek The Third, 2007) * * *





Quando foi lançado em 2001, Shrek surpreendeu a todos pelo enredo irreverente e as constantes referências aos clássicos da Disney. No segundo filme a qualidade foi mantida e o sucesso também foi estrondoso. Com tudo isso a expectativa que envolveu o lançamento do terceiro Shrek foi muito grande. O elenco original foi todo mantido e teve o acréscimo do cantor Justin Timberlake que faz o papel de Arthie. A dublagem brasileira teve a perda de Bussunda, porém a nova dublagem não deixa nada a desejar. Contando a busca de Shrek pelo segundo herdeiro do trono de Tão Tão Distante(o primeiro é ele), o filme mostra o desconforto de Shrek em assumir o trono e as responsabilidades que vêm com essa situação.

O desenrolar da história não tem nada de inovador, muito pelo contrário, o desenrolar se mostra até muito previsível. Por essas e outras é que o filme perde de força e qualidade para os seus antecessores. A irreverência e o humor escrachados continuam lá, só que com menos enfâse e qualidade do que anteriormente.
Em compensação as técnicas utilizadas na realização do filme são um show a parte. Os tecidos, feições e acabamentos dos personagens e dos cenários são impressionantes.

Com poucos momentos inspirados e sustentado pela simpatia de seus personagens, Shrek Terceiro é um bom filme, mas deixa a desejar se for comparado com seus antecessores.

sábado, julho 14, 2007

Harry Potter e a Ordem da Fênix


- Harry realmente cresceu e mudou -





Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix, 2007) * * *




Quando foi divulgada a duração da quinta sequência cinematográfica do bruxo Harry Potter, muitos ficaram apreensivos (eu, inclusive). Para um livro de mais de 500 páginas, 138 minutos pareciam ser pouco para uma adaptação digna. Engano daqueles que assim pensaram.

"Harry descobre que Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, fundou a Ordem da Fênix, composta por bruxos de sua confiança, cuja missão é trabalhar contra Voldemort e proteger Harry e seus dois amigos. Nesse período, o Ministério da Magia começa a interferir em Hogwarts, a fim de que Harry e Dumbledore sejam impossibilitados de avisar ao resto do mundo mágico que Voldemort está de volta". Esse seria um breve resumo do que ocorre no longa. Focando a história toda em cima dos conflitos e da agonia envolta na vida de Harry, o roteirista Michael Goldenberg consegue enxugar competentemente uma trama que tem diversas estórias paralelas. Os fãs mais exigentes sentiram falta de muitos fatos ocorridos no livro, mas não da trama principal.

Porém o trunfo principal do filme fica nas mãos do novo diretor da série. David Yates dá um ar muita mais adulto e soturno ao filme, que chega a impressionar pela primeira sequência de ação. O enquadramento e a fotografia da sequência não a remete a nenhum outro filme do bruxo. Isso faz com que o filme tenha uma luz própria e consiga se diferenciar dos filmes anteriores. Os efeitos são usados sem exagero e em momentos corretos. O elenco adulto do filme é excepcional, com exceção de Michael Gambon que não me pareceu uma boa esolha, não que o ator nao seja talentoso, mas não consigo ver Dumblodore tão enérgico e vívido quanto Gambon o compõe. Já Imelda Stunton (Dolores Umbrigde) e Gary Oldman(Sirius Black) dão show ao lado dos demais componentes do grupo. Já o elenco juvenil deixa a desejar como em toda a série. Mas aqui cabe uma surpresa : o protagonista tem a sua melhor atuação dentro da série. Rupert Grint e Emma Watson pouco aparecem.

[Essa parte aqui vai pra quem leu o livro, ou melhor, os livros.] Mesmo com tantas coisas boas ocorridas no filme fica uma apreesão. Com os tantos(porém necessários) cortes da estória, como irão explicar eventos que acontecerão nos próximos filmes? Tirando o olhar suspeito de Gina para Harry, não vi nada que pudesse ajudar nos próximos filmes. A profecia foi comentada, porém muito superficialmente. Ah, outra reclamação: muito fraca a cena da morte de Sirius; nem um terço do impacto que ela deveria ter, ela teve. Tomara que a morte de um certo personagem no próximo filme não ocorra o mesmo erro. Enfim, é esperar para ver o que acontecerá no filme seguinte.

sexta-feira, julho 13, 2007

Ratatouille


- A Disney/Pixar nos oferece mais um prato cheio nesse novo filme recheado de carisma e irreverência -






Ratatouille (Ratatouille, 2007) * * * * ST'ART RECOMENDA





Desde seu primeiro trabalho a Pixar vem nos surpreendendo. São personagens carismáticos, histórias fascinantes e uma brilhante equipe técnica por trás de tudo isso. A meu ver, o único filme que destoa em termos de qualidade dos demais é "Carros", mas não o suficiente para a Pixar deixar de ser uma das empresas mais competentes do ramo cinematográfico. Chega agora aos cinemas a história de Remy, um rato que sonha em ser um chef, assim como seu ídolo Auguste Gusteau que tinha como lema : "Qualquer um pode cozinhar". Após se separar acidentalmente de sua família, Remy vai parar em Paris e logo no local do restaurante do seu falecido ídolo. Lá ele conhece Linguini e juntos começam uma parceria dentro da cozinha do Gusteau's.

Não é preciso comentar sobre a parte técnica do filme que é simplismente impecável. Os vegetais e os outros alimentos são retratados da melhor maneira possível e de forma extremamente realista. Os movimentos dos ratos e de Linguini sendo controlado por Rmy são de cair o queixo. Ainda somos privilegiados com uma impressionante recomposição de Paris nos mínimos detalhes.

A história do filme não é das mais originais, é verdade, mas nem por isso que deixa de ser surpreendente. Os contornos que a trama produz deixam o espectador sempre atento com o que vai acontecer. Como é de costume nos filmes da Pixar um teor mais adulto está por trás do filme, que consegue agradar a crianças e adultos(creio que mais a adultos). A falta de um humor ininterrupto, presente em filmes como Toy Story e Vida de Inseto, não fazem de Ratatouille um filme mais fraco e sim diferente. A falta desse humor é suprida pelos diálogos e discussões entre a colônia de ratos e as colocações do crítico gastronômico Anton Egô. Isso é comprovado com o ato final, no momento em que o diretor Brad Bird (Os Incríveis) põe em cheque o trabalho dos críticos dizendo que é relativamente fácil exercer tal profissão. O difícil é apostar e descobrir uma obra de arte. Bird facilitou a nossa vida e nos entregou esse belo exemplar, Ratatouille.