sexta-feira, setembro 28, 2007

Tropa de Elite

- "O BOPE não sobe para morrer, sobe para matar!" -










Tropa de Elite (Tropa de Elite, 2007) * * * * ST'ART RECOMENDA




O vazamento de uma versão prévia do novo filme de José Padilha parece ter sido um grande lance de sorte. Pelo fato de ter batido qualquer outro recorde de vazamento (3 meses antes do lançamento), o filme caiu nos camelôs há algum tempo. É estimado que mais de 100 mil pessoas já tenham visto a versão pirata que está sendo vendida. Apesar disso tudo, o filme parece que vai quebrar recordes na bilheteria dos cinemas. Polêmicas com a PM e o tratamento que o BOPE dá às suas vítimas, traz a tona discussões e mais discussões sobre os direitos humanos. Para chamar mais a atenção do público, a equipe de produção vai colocar 5 minutos a mais no filme que irá estrear nos cinemas e mudará a edição do filme. Mas será mesmo que será preciso isso? Só no "boca a boca" o filme parece que vai se garantir; mas enfim, vamos ao que interessa...



O filme conta a história do capitão Nascimento (Wagner Moura) que combate o tráfico há anos pelo BOPE e está cansado desse serviço. Para se afastar do trabalho e poder ter uma vida normal com sua recentemente formada família, Nascimento decide recrutar um substituto. Em paralelo com essa história, segue a vida de Neto e Matias. Um representa os músculos da polícia e o outro o cérebro. Narrado por Nascimento o filme ainda mostra o ambiente numa faculdade carioca e o clima nos morros da Cidade Maravilhosa.




Com um roteiro bem escrito e uma trama competente, o filme chama atenção para a corrupção recorrente nas favelas do Rio de Janeiro. A PM faz parte do núcleo antagônico do filme. Sempre envolvida em atos de corrupção e aliada ao tráfico, o diretor imprime na tela uma imagem quase que abominável da polícia militar (não é surpreendente que a instituição tenha tentando proibir a exibição do filme). A forma precária que esses policiais são recompensados por subir no morro e arriscar a vida, é a única justificativa evidente ao longo do filme, para esses oficiais serem corruptos.

Apesar de todo o sucesso e fama que o filme adquiriu por causa da pirataria, a sua maior força reside protagonista. Wagner Moura consegue invocar perfeitamente um capitão perturbado, incorruptível e trabalhador. Sempre sendo o melhor no que faz, Nascimento é o retrato do BOPE no filme. Suas frases e gestos são o que dão identidade ao longa. Mesmo com um bom elenco de apoio, o filme se tranforma quando Wagner está na tela. É impossível sair do filme sem saber pelo menos uma frase de efeito que o capitão Nascimento fala durante a trama.





Certa vez li uma comparação que me pareceu muito feliz. Tropa de Elite é um "300" tupiniquim. Guardadas as devidas proporções, é claro. Ação, frases de efeito e muita presença na tela fazem o filme crescer e ensconder algumas falhas de roteiro. Ótimos protagonistas e direções seguras. Mas enfim, deixemos essa comparação de lado.


O que realmente importa é que temos em Tropa de Elite um bom exemplar do cinema brasileiro. Viril, chocante e com caráter de denúncia, José Padilha consegue realizar um grande trabalho. O filme em si não tem a força e o apelo da história de Cidade de Deus (muitos compararam, porém Cidade de Deus é melhor), mas cumpre muito bem seu papel. Graças ao elenco que rende mais que o esperando e tem em Wagner Moura, o principal trunfo.



Se você já assitiu pirateado ou não, vá ao cinema novamente, a sensação é inigualável. Àqueles que não assistiram, dia 12 de outubro estreará no Brasil inteiro, corram, valerá a pena.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Licença Para Casar


- Nem o carisma de Robin Williams salva o filme -





Licença para Casar (Licence to Wed, 2007) *



Quando vi que um dos roteiristas de "Licença para Casar" havia trabalhado em "Entrando Numa Fria Maior Ainda" fiquei empolgado para assitir ao filme. Sempre gostei de comédia românticas escrachadas. Porém para dar certo é necessário que a direção do filme seja segura e que a estória seja bem contada. Nada disso acontece nesse longa.

Contando a estória de Ben(John Krasinski) e Sadie(Mandy Moore) que estão prestes a casa, o filme mostra como o reverendo Frank(Robin Williams) testa os noivos para casar na sua igreja. Nas cenas cômicas são raros os momentos em que existem piadas eficientes. A história é mal conduzida e é arrasatada até o seu final. A única coisa que salva o filme são poucas piadas feitas por Robin Williams e Jonh Krasinski. Parece que de nada adiantou um dos roteiristas do filme ter escrito "Entrando Numa Fria Maior Ainda". Nada das piadas e situações bem elaboradas acontecem no filme.

Os roteirsitas erram na mão e os atores nas cenas. Sem o carisma necessário para um filme desse estilo, "Licença para Casar" decepciona.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Curte o Curta!


Na segunda edição da seção Curte o Curta, veremos um trabalho impressionante.




Extremamente bem montado, muito bem filmado e realizado de maneira brilhante, o curta que vcoês assistirão é um dos melhores que eu já vi no Youtube.

Com a técnica do "stopmotion", usada em filmes como "A Fuga das Galinhas" o projeto vêm de Pernambuco; sendo mais específico : Olinda.



Fotos digitais foram o que compuseram a edição do curta.
Usando uma abordagem completamente brasileira e advinda do sertão nordestino, os realizadores desse curta conseguiram compôr muito bem o clima da região, com a rivalidade entre dois bandidos!



Só vendo pra crer.





A Morte do Rei de Barro.




Curte o Curta e me diz o que você achou!




Clique e assista ao curta!





PS: eu estou tentando há dias postar o vídeo diretamente para o Blog, mas não consigo.

Vou tentar nos próximos posts, por enquanto segue o link na foto acima.


terça-feira, setembro 11, 2007

A Hora do Rush 3


- Mais do mesmo -




A Hora do Rush 3 (Rush Hour 3, 2007) * * *





Desde Martin Riggs(Mel Gibson) e Roger Murtaugh(Danny Glover) o cinema não conhecia uma dupla policial tão carismática como James Carter(Chris Tucker) e Inspetor Lee(Jackie Chan). Riggs e Murtaugh começarama carreira em 1987 no Máquina Mortífera; já Carter e Lee em 1997. Os mais velhos protagonizaram 4 filmes, já Carter e Lee fizeram terceiro esse ano. Apesar de competirem acirradamente no quesito carisma, no quesito qualidade, os veteranos dão uma goleada nos novatos. Não que Tucker e Chan não façam um bom trabalho, mas os filmes de Mel Gibson e Danny Glover são excelentes.
A força central num filme deste tipo, reside em seu elenco. Apesar de precisar de uma boa história e uma trama interessante, o elenco é primordial. O entrosamento e química entre os protagonistas é essencial. Além disso, tem também o elenco de apoio que fortalece mais ainda as atuações de um filme. São em alguns desses aspectos que A Hora do Rush 3 peca.

É verdade que a série nunca contou com um grande elenco de apoio, porém as peripécias de Tucker e as acrobacias de Chan sempre salvavam a série. Nesse terceiro filme da franquia, Tucker parece querer aparecer mais do que pode, apesar de muitas vezes nos fazer rir. Jackie já não é mais o mesmo, e não tem mais habilidade para fazer as mesmas cenas que um dia fizera (mesmo assim é impressionante a vitalidade desse chinês de 53 anos).
O plot do filme não muda muito dos anteriores; após um atentado contra o embaixador chinês, Lee vai atrás do culpado contando com a ajuda de Carter. Muita ação e comédia recheiam o filme. As cenas do taxista e a da peruca são hilárias; a performance de Tucker é impagável. Uma boa surpresa no filme é a presença de Yvan Attal como o taxista George.

Enfim, Brett Ratner consegue fazer mais um bom filme, apesar de ser o mais fraco dos três. Tem falhas na trama e momentos exagerados de Tucker; porém é o próprio Chris Tucker que levanta o filme com sua boa performance.Eles não são nenhum "Riggs e Murtaugh" mas também são bons policias.

Curte o Curta!

Curte o Curta!


Sempre fui fã de cinema. E como todo fã de cinema, sempre quis fazer um filme. E como muitos que querem fazer um filme, eu nunca fiz. Já me juntei com vários amigos e já produzimos grandes trapalhadas. "Passado Suspeito", "O Pacto" e "Faroeste Caboclo" são apenas alguns dos títulos que a produtora formada por mim, meu irmão e um amigo(que já é irmão) tentou fazer(esse último um sonho particular).

Mas eles são assuntos para outro post. Vamos ao que interessa!

Hoje, começo uma nova seção no Blog St'Art: "Curte o Curta!"

Exposição de curtas cinematográficos caseiros ou independentes. Adotarei assim, um clima mais descontraído e sem muito compromisso com a qualidade, e sim com a diversão!
São tantos que vemos no YouTube que me deu vontade de comentar alguns interessantes aqui. Se você tem uma sugestão comente e manda para o meu email.
Então começemos logo!


Para começar um curta engraçado e que já tem até continuação. Um grupo de amigos entre 12 e 16 anos se juntaram e decidiram gravar um filmes sobre um super-herói. Daí surge o Chibata Negra. Uma figura bizonha e engraçada que tem como arqui-inimigo o Dr. Medo. Nenhum recurso além de uma câmera, muita cara de pau e sem vergonha alguma na cara eles fizeram esse curta. As fotos aqui postadas mostram um pouco do que foi produzido. Tosco e mal feito, mas foi o começo para a sequência que viria a fazer um certo sucesso na comunidade e até fora de Brasília. Conheçam então "Chibata Negra Vs. Escova Elétrica".



Curte o Curta e me diz o que você achou!




Paranóia


- Susto, comédia, tensão e Shia LaBeouf -





Paranóia (Disturbia, 2007) * * * * ST'ART RECOMENDA





Kale(Shia LaBeouf, Transformers) vê a sua vida mudar ao perder o pai num acidente de trânsito. As coisas complicam mais ainda quando ele agride um professor dentro da sala de aula. Com isso, Kale é condenado a 3 meses de prisão domiciliar dando cada vez mais trabalho a sua mãe (Carrie Ann Moss). Dirigido por D.J. Caruso (autos dos bons : Tudo Por Dinheiro e Roubando Vidas), Paranóia tem grandes semelhanças com o clássico de Alfred Hitchcock "Janela Indiscreta". Um dos meus maiores(dos muitos outros) pecados como cinéfilo é não ter assistido à esse clássico. Por isso não irei fazer comparações ou referências à "Janela Indiscreta".

"Paranóia" pode não ser um clássico, mas que é um grande filme, isso é. Com história extremamente bem montada e contada, o filme envolve facilmente o espectador. Mais uma vez, Shia LaBeouf chama a atenção. Seja nas cenas engraçadas ou de suspense, o ator se sai muito bem, provando que a atuação em "Transformers" não foi por acaso. O elenco de apoio também se mostra muito eficiente, encabeçado por David Morse que interpreta o vilão do filme.O clima do filme é descontraído na primeira parte, e sem que você perceba, já está com medo do Sr. Turner. Reviravoltas e sequências bem orquestradas fazem de "Paranóia" uma grata surpresa para esse meio de ano.
Poucos são os filmes de suspense que não usam a trilha sonora como bengala para dar susto no telespectador. "Paranóia" também faz uso desse artifício, porém com muito menos frequência. A falta de originalidade na estória, pode fazer os mais céticos não gostarem do filme ou considerá-lo uma cópia de "Janela Indiscreta". Porém é preciso ir assitir ao filme sem procurar originalidade ou mudanças no conceito do cinema moderno. O que o filme se propõe a fazer, ele faz e muito bem.
Vá conferir, vale a pena!